Escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo preocupa investidores e pressiona ativos globais
Na última semana, os mercados financeiros globais reagiram com forte instabilidade após o anúncio de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses. O ex-presidente Donald Trump, em discurso no Rose Garden, defendeu a retomada de uma política comercial mais agressiva, sugerindo tarifas de 34% sobre mercadorias chinesas.
A resposta da China não demorou. Já na sexta-feira, 4 de abril, o governo de Pequim anunciou tarifas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos, em reação direta às medidas propostas por Donald Trump.
📉 Impactos nos mercados: Bolsas, dólar e commodities
Durante a semana, o índice Dow Jones caiu 7,86%, o S&P 500 recuou 9,08% e o Nasdaq perdeu 9,86%. Na Europa, o DAX da Alemanha e o CAC 40 da França fecharam em queda. Já na Ásia, o índice de Xangai recuou 1,06%.
💵 Índice do Dólar (DXY)
O índice do dólar (DXY), que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de moedas, fechou a semana em 103,02, atingindo o menor nível desde outubro do ano anterior.
Essa oscilação reflete a busca por segurança diante das incertezas políticas e comerciais, além de possíveis reações do Federal Reserve diante do novo cenário.
🛢️ Petróleo Brent e outras commodities
O petróleo foi uma das commodities mais afetadas. O Brent fechou a US$ 65,58 por barril em 4 de abril, com queda de 9,32% na semana — o menor valor desde agosto de 2021. A desvalorização foi impulsionada pela combinação do aumento da oferta da OPEP+ e preocupações sobre uma desaceleração econômica global, agravadas pela tensão EUA-China.
Outras commodities também recuaram nos mercados futuros, confira:
- Cobre Futuro: -14,19%
- Gás natural: -5,61%
- Soja : -4,50%
- Ouro : -1,49%
💡 Efeitos sobre a economia real
Empresas globais que dependem de importações, exportações e cadeias de suprimentos internacionais estão sob pressão. A possibilidade de novas sanções comerciais pode desacelerar ainda mais o crescimento mundial.
Setores como tecnologia, energia e automobilístico — com forte exposição à China — sofreram quedas mais acentuadas. Ações de gigantes como Apple, Tesla e Nvidia registraram perdas relevantes.
📌 O que esperar nas próximas semanas
Os mercados seguirão atentos a novos discursos e movimentações diplomáticas. Se a escalada continuar, o Federal Reserve poderá considerar os impactos nas decisões sobre juros e liquidez — fator que gera ainda mais volatilidade.
Para os investidores e trabalhadores digitais, o momento exige atenção redobrada às movimentações cambiais e decisões de política monetária.
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