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Atualmente, a Inteligência Artificial (IA) é um dos assuntos mais comentados, especificamente sobre a revolução causada em diversos setores.

Mas, afinal, você sabe o que é uma IA? Bom, de maneira resumida, esse tipo de inteligência se refere à capacidade de máquinas e sistemas de computador em realizarem tarefas que normalmente requerem inteligência humana.

Lidamos com IA a quase todo o momento. Como exemplo, temos os assistentes de voz em celulares, tais como a Siri da Apple e o Google Assistant do Android, ou até mesmo aplicativos como Waze, Google Maps e vários outros.

Dentre tantas áreas beneficiadas com essa inteligência, a medicina é uma delas. Sua implementação em diversas etapas dos cuidados em saúde mostra a grande importância dessa integração.

Continue comigo na leitura e descubra como a IA revoluciona a medicina!

Como a IA tem revolucionado a medicina?

A revolução da IA na medicina tem o potencial de transformar a maneira como os profissionais de saúde diagnosticam, tratam e gerenciam doenças.

Sua tecnologia é capaz de processar e analisar grandes quantidades de dados médicos de forma rápida e precisa, ajudando os profissionais a tomarem decisões mais informadas e personalizadas.

Algumas empresas já utilizam a IA para gerar relatórios médicos em poucos minutos, alcançando uma taxa de precisão aproximada de 70%.

Achou essa taxa baixa? Então saiba que é importante considerar que mesmo as equipes médicas mais experientes podem levar dias para conduzir uma análise semelhante, obtendo no máximo 60% de precisão.

Para que você tenha uma ideia geral da revolução da IA na medicina, selecionamos exemplos em que a tecnologia é utilizada. Confira abaixo!

Análise de imagens médicas e exames clínicos

Exame por inteligência artificial
Fonte: Imagem do site Freepik

A IA ajuda consideravelmente a identificar padrões, anomalias e informações relevantes que podem passar despercebidas aos olhos humanos.

Das formas de auxílio da IA nas análises, podemos listar:

  • Detecção de anomalias e lesões – identificação de tumores em radiografias, nódulos em ultrassonografias e manchas em exames de pele.
  • Seleção de estruturas – seleção de regiões de interesse, como órgãos em tomografias e ressonâncias magnéticas para facilitar a análise detalhada.
  • Quantificação e medição – determinação do tamanho de tumores, cálculos de volumes de órgãos e análise de fluxo sanguíneo.

Diagnóstico

Os algoritmos de IA são muito utilizados para auxiliar médicos no diagnóstico de diversas condições clínicas, atuando como ferramentas de suporte.

Das principais formas de auxílio nesta etapa médica, temos:

  • Triagem: seleção de exames médicos (como análise de eletrocardiogramas), permitindo que os médicos se concentrem em casos mais complexos.
  • Identificação de biomarcadores (indicadores de doenças): identificação por meio de análise de sangue ou urina, que indicam a presença ou progressão de doenças.
  • Análise de dados clínicos: análise de grandes volumes de registros eletrônicos, históricos médicos e outros dados para identificar padrões que influenciam nos diagnósticos.

Medicina de precisão

Análise de DNA - Inteligência Artificial (IA)
Fonte: Imagem do site Freepik

Por conta da sua capacidade de analisar grandes volumes de dados genéticos e clínicos, a IA gera ideias valiosas para o desenvolvimento da pesquisa médica, da medicina de precisão e de tratamentos personalizados.

Algumas das funções da IA para este segmento são:

  • Análise genética: identificação de variações, mutações e padrões em dados que ajudam a compreender a predisposição do paciente a doenças genéticas.
  • Diagnóstico de doenças raras: comparação de dados genéticos de pacientes com bancos de dados de variantes já conhecidas.
  • Seleção de terapias: com base em informações genéticas e clínicas, a IA pode sugerir terapias personalizadas e farmacológicas que se alinhem com as características do paciente, permitindo prescrições personalizadas.

Além disso, outra forma muito importante pela qual a IA pode ajudar, é na identificação antecipada de surtos de doenças tropicais.

Os algoritmos são capazes de examinar extensos conjuntos de informações de pacientes, correlacionando com elementos do ambiente.

Esse feito tem o potencial de auxiliar instituições e governos a adotarem medidas preventivas para conter a disseminação de doenças, como malária e dengue.

Com a IA na saúde, como fica a questão ética e de privacidade?

O uso de dados de pacientes aplicados em IA na área da saúde levanta várias questões éticas e de privacidade que precisam ser cuidadosamente consideradas e trabalhadas.

Eticamente, a regulamentação e aplicação da tecnologia deve ter como base alguns princípios, como transparência, responsabilidade, privacidade e equidade.

Sem eles, os dados podem ser treinados refletindo preconceitos e desigualdades da sociedade. Dessa maneira, as informações geradas pela IA podem resultar em diagnósticos ou tratamentos inadequados para determinados pacientes.

No que diz respeito à proteção de dados, no Brasil temos a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A LGPD estabelece diretrizes para coletar, armazenar e utilizar as informações pessoais, influenciando diretamente a aplicação da tecnologia.

Como por exemplo, se uma empresa emprega IA para a análise de informações, ela deve assegurar que a obtenção desses dados se dê por consentimento da pessoa a quem os dados pertencem, explicando que a utilização se limita aos objetivos já autorizados.

Conclusão

A aplicação da IA na medicina revoluciona a atuação de profissionais da saúde em diversas áreas e em diferentes contextos, desde a análise de exames até o diagnóstico e tratamento.

Por conta da sua alta capacidade de processar e analisar dados, a medicina se torna mais ágil e precisa, auxiliando os profissionais na tomada de decisão e na formulação de intervenções personalizadas para os pacientes.

Porém, é importante ressaltar que a IA não substitui a experiência e o julgamento clínico dos profissionais de saúde, mas sim atua como uma ferramenta de apoio valiosa. A colaboração entre médicos e IA pode melhorar a qualidade dos cuidados.

Para a implantação da inteligência, é necessário seguir princípios éticos a fim de não treinar erroneamente a IA e proporcionar diagnósticos ou tratamentos equivocados.  

Visando a privacidade, a tecnologia tem a supervisão da LGPD, que coloca as instituições como responsáveis pelo consentimento e segurança na obtenção de dados.

Caso você tenha interesse em saber mais sobre a temática ou conhecer na prática, recomendamos a leitura de artigos científicos e consultar um profissional que faça uso da IA em sua rotina.